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Empresa de Gusttavo Lima é investigada por suposta ligação com PCC e máfia italiana

A Balada Eventos, empresa de Gusttavo Lima, está sob investigação da Polícia Federal por suspeita de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC e à máfia italiana.

20 de março de 2025
Imagem via Unsplash

A Polícia Federal (PF) está conduzindo a Operação Mafiusi, que visa desmantelar uma rede de tráfico internacional de drogas envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a máfia italiana. Recentemente, a investigação apontou suspeitas de lavagem de dinheiro que envolvem figuras públicas brasileiras, incluindo o cantor sertanejo Gusttavo Lima.
De acordo com informações divulgadas, a empresa Balada Eventos, que gerencia a carreira de Gusttavo Lima, está sob escrutínio devido a transações financeiras consideradas atípicas. Uma delas envolve a venda de uma aeronave para uma empresa associada ao site de apostas online Vai de Bet, no qual Lima teria adquirido uma participação de 25% em julho de 2024. As autoridades suspeitam que essa transação possa ter sido utilizada para lavar dinheiro proveniente de atividades ilícitas.

Além disso, a PF está investigando a ligação entre Gusttavo Lima e Willian Barile Agati, empresário preso em janeiro de 2025 e apontado como facilitador financeiro do PCC. Agati é acusado de realizar transações milionárias por meio de empresas de fachada, que teriam movimentado aproximadamente R$ 454,3 milhões entre 2020 e 2023. Essas operações levantaram suspeitas de serem utilizadas para ocultar a origem ilícita dos recursos.
Em resposta às acusações, Gusttavo Lima negou qualquer envolvimento em atividades ilegais. O cantor afirmou que a transação relacionada à aeronave foi realizada de forma legal e transparente. Sua assessoria declarou que Lima “nunca seria cúmplice de algo contra as leis do nosso país e não há envolvimento dele ou de suas empresas”.

Paralelamente, a PF está à procura de Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, policial civil e ex-integrante da equipe de segurança de Gusttavo Lima. Rogerinho é suspeito de envolvimento com o PCC e está foragido desde dezembro de 2024. A Balada Eventos confirmou que Rogerinho prestou serviços de segurança em alguns eventos, mas ressaltou que espera que os fatos sejam devidamente esclarecidos pelas autoridades competentes.
A investigação da PF destaca a complexidade das operações financeiras utilizadas por organizações criminosas para lavar dinheiro. O uso de empresas de fachada e a participação de figuras públicas em transações suspeitas dificultam a identificação e o rastreamento dos recursos ilícitos. As autoridades continuam aprofundando as investigações para desmantelar essas redes e responsabilizar todos os envolvidos.

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